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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Promessas de novo ano:

Não creio nessas ideias de fazer promessas para o ano que se aproxima.
Nada contra aqueles que as fazem, até acho bom. Mas gosto de acreditar que a busca por melhoras no modo ser e agir deve ser constante, ou pelo menos ser feita mais vezes no mesmo ano.

Claro, isso vem da minha auto-critica as vezes absurdamente exagerada, e da minha descrença em mudanças radicias no ser humano - salvo em situações extremas. Mas somos todos livres para buscarmos as melhores opções para nossas vidas. E a época de fim de ano pelo visto é perfeita para isso.

Mas não vamos acreditar que ocorre magica durante os fogos de reveillon. No dia 1 de janeiro, você infelizmente - salvo uma ressaca, claro - continuará a ser a mesma pessoa do dia 31 de dezembro. Isso é certo.

Mudança necessita de uma constante medição dos valores em relação aos atos que cometemos. E com isso em mente, desejo a todos um 2011 de constantes reavaliações destes valores.

Feliz Ano novo a todos, apesar de tudo o que possa ter ocorrido em 2010.

J2ML

domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz Natal (2): Apresentando personagens.


Eu postei a imagem aqui e larguei sem mais explicações. Agora estou voltando para dar um informe mais claro. Esse desenho pertence a uma sequencia de desenhos feitos pelo D'Oculos como proposta para uma serie de estorinhas. Como é um projeto que anda a passos lentos mas constantes, vocês devem ver mais deles por aqui, como na verdade já viram alguns que postei antes.

Estas são (esquerda pra direita) Juli e Sissel, e juntamente com elas desejamos (já atrasado) um feliz natal e ano novo.

Os nomes delas eram provisorios, mas acho que já devem ser estes mesmos. Qualquer coisa, por favor, comentem.

J2ML

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal:


A todos que estiveram conosco em 2010, e que esperamos que continuem em 2011.

Um feliz Natal e bom 2011!
Votos de J2ML, Nino Srat, MayFlower e D'Oculos.

PS: Isso é um fauno, aí no desenho.
Quem não souber, procure Mr. Tumnuns no Google Imagens.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Qual é o seu nome?

Alice:

Fios de Murphy:

Conversa com um demonio:

Às vezes eu me arrependo de ter aprendido este truque. Mas tem momentos em que ele vem a calhar...como agora. Eu preparei o espaço e o chamei. Por que faço isso eu não sei. Nunca soube. Acho que é pela simples graça de chama-lo, e de brincar com essas coisas...

E ele vem, um tempo depois de chama-lo. Eu rio. Ele seria a criatura mais bela desta terra, se eu não soubesse o que na verdade ele é... E ele vem sempre com a mesma cara: o sorriso malicioso, os olhos provocantes, a boca entreaberta, cabelos soltos, sedosos e brilhantes.

Já não me engana faz muito, muito tempo...

E já chega soltando com sua voz suave:
- Andou sentindo minha falta, foi? - É uma voz bela, encantadora...Agora.
Paro de rir, mas respondo ainda com o sorriso nos labios:
- Nem um pouco, sua monstrinha... Embora você seja inigualável.
Ela arregaça o sorriso. O tipo dela adora ouvir um elogio:
- Tem tentado me substituir e não consegue, é? Eu avisei que era a melhor...
Eu quebro logo o barato dela, senão ela se apossa da situação:
- Ninguém finge melhor do que você. Mas tudo que você me dava pode ser melhor sem você... - Eu a encarei, brevemente, olho a olho. Não se pode fazer isso muitas vezes com seres do tipo dele.
E some da face dela o sorriso. Ela sentiu que eu estava diferente das outras vezes. Mas não temeu. O tipo dela não teme gente como nós, a não ser em certos momentos...
- Então porque me quis aqui?
Ela quer ir direto ao assunto? Então finalmente consegui colocá-la numa situação desconfortavel?
Engano - ou simples jogada dela - pois ela decifrou minha cara de surpresa:
- Quer matar a saudade dos nossos velhos tempos? Não resiste ao seu próprio desejo e resolveu pedir minha ajuda novamente?
Oh, cara. Por que esses bichos vivem de passado? Esqueci e já me lembrei: Eu sei o porque. Mas deixarei pra depois...
- Nem pensar. Te chamei aqui para termos uma despedida decente.
Ela reagiu com uma risada sarcastica...
- E você acha que vai se ver livre de mim assim tão facil, querido? - Reação mais que esperada.
- Tenho certeza. Dessa vez me deram a certeza de que você não conseguiria mais...
Ela cortou com a voz agora levemente rasgada.
- Quem podia mentir pra você a ponto de te fazer acreditar na besteira de se livrar de mim? Sua espécie é dependente da emoção, queridinho, e não será facil assim você se livrar de mim, com uma simples decisão...
A situação estava saindo do controle dela. Seria risivel se eu não estivesse na reta dela. Com o tipo dele não se ri. Se joga sério ou se perde para toda a eternidade.
- Quem você acha que me garantiria isto? - Eu provoquei com firmeza. E fiz pela segunda vez algo que quando fiz na primeira vez me assustou, mas que dessa vez não teve o mesmo efeito: Olhei fundo nos olhos dela, a ponto de ver a escuridão que se escondia atrás daquela pupila.

Dessa vez, eu tinha Alguém comigo.

Eu o vi assustado pela primeira vez. Ela recuou, com raiva:
- Acha que vai se ver livre de mim tão facil assim? - Ela veio pra cima de mim, colando seu rosto ao meu. - Não pense que pode isso, seu fracote. Sua raça já nasce no erro. Continuar conosco é sua opção natural.
Eu podia sentir o seu perfume, o bafo da sua boca. De longe o cheiro é inebriante. De perto, é intoxicante. Eu precisava de espaço, mas ela continuou:
- Depois de tanto tempo, de tanta coisa, como você acha que aguentará sem mim? Te garanto que Ele não te oferece nada demais... Além disso, você já foi muito longe comigo. Toda vez que olhar para trás você vai ver que estive contigo em todos os momentos da sua vida. Acha que pode me deixar assim, sem mais problemas?!

Eu não pude deixar de escapar uma risada...

-Esse é o problema de vocês. Vivem de passado. Vivem da nossa culpa, do nosso erro. Vivem do passado porque vocês não podem suportar o futuro... Um futuro em que vocês já estão vencidos.

A voz sumiu. A bela forma, por um breve instante também...Mas o tipo dela raramente perde a compostura, a pose. Ela/ele grunhiu:
- Não se engane tão facilmente, seu pecadorzinho arrogante. Hoje você se acha banhado na confiança DEle. Mas espere um dia de fraqueza, e nós estaremos pelos cantos, pelos espaços escuros, pela sombra...e voltaremos a nos ver. Aí será pior para você, pois vou te fazer rastejar de modo pior ao que você pretende me fazer agora!

Minha cara era de felicidade. Estavam ganhando por mim. Mas dos meus olhos brotaram lágrimas. Estava arrependido por ter conhecido aquilo, por ter estado com ele/ela tanto tempo...

Ele/ela entendeu as lagrimas. E sabia que estava derrotado. E eu aproveitei:
- Essa é realmente a sua raça: a que rasteja nas sombras, que vive de emboscadas, que se alimenta dos fracos...Mas sinto em te dizer: nós terminamos. Eu agora prefiro andar na luz, e não mais em noites eternas.
Fiz a cara mais amavel que pude, sem sequer entender o por que de a estar fazendo, e disse:
- Adeus...
Pensei que ela/ele não conseguiria suportar, mas ele manteve a pose. Se ajeitou, e antes de sair me disse:
- Você não sabe o dia de amanhã...
Cortei de novo:
- Não sei, mas estou do lado de quem sabe agora.
Ele/ela me deu as costas e saiu lentamente, deixando para trás o cheiro caracteristico de toda a sua especie...


J2ML

Mais um texto velho, de 2006.




domingo, 5 de dezembro de 2010

Quanto vale Jerusalém?

Numa das passagens do filme Cruzada, do diretor Ridley Scott, o cavaleiro cristão Balian de Ibelin faz uma pergunta complicada ao sultão Saladino. "Quanto vale Jerusalém?", questiona o cruzado. A primeira e surpreendente resposta de Saladino é "nada". Mas logo depois ele se volta para seu inimigo cristão, dá um meio sorriso e completa: "Tudo!"

Gosto dessa passagem por causa do contraste das duas respostas de Saladino. Ela serviria para várias situações da minha vida. Várias vezes estive em busca de objetivos, sonhos, que por um lado valiam tudo para mim, mas que vendo por outro lado, também não valiam nada.

Quanto vale um sonho, um objetivo? Tudo.

O "tudo" sempre foi mais evidente quando eu ainda estava em busca desses objetivos. E o "tudo" também é extremamente pesado enquanto não o atingimos. E a dor, o cansaço, a ansiedade - essa então, meu maior problema - que ele nos causa, me fez algumas vezes beirar o desespero. E nesse desespero, algumas tristes vezes, senti o "tudo" em seu maior efeito: na frustração do fracasso.

Quanto vale um sonho, um objetivo? Nada.

O "nada" é timido. É por boa parte do tempo imperceptivel à minha capacidade de avaliação. O pior é que ele quer chamar atenção, mas às vezes não consegue. Várias vezes ele está ali, na minha frente, querendo mostrar alguma coisa, mas eu me recuso a percebe-lo, de tão concentrado que estou em minha busca. E quando que eu vou enfim percebe-lo? Incrivelmente quando alcanço a vitória, que ironia... Eu ali, cansado mas entusiasmado ainda com aquela vitoria, percebo ele, o "nada", ali me dizendo que eu exagerei; meu esforço havia sido excessivo, se não inutil, e aquele sonho, aquele objetivo, não passava de uma misera migalha, ou mesmo de uma ilusão...

Ambos os casos são frustrantes, em maior e menor grau. Estive sempre criando objetivos, tendo sonhos meus, que me servissem de guia para a minha vida. Sempre conduzi as minhas buscas à minha maneira. Sempre carreguei a ansiedade de desejar em demasia determinados sonhos. E foram sempre situações em que o "tudo" e o "nada" foram o mesmo lado de uma mesma moeda. Vendo a resposta de Saladino, eu sinto que sempre me senti na mesma situação que ele. Mas seria esta a resposta?

Quanto vale um sonho, um objetivo?

Aí vem o diferencial.
O mais interessante na minha vida foram as vezes em que eu não busquei meus sonhos, meus objetivos...E eles me foram dados. Um dia normal, e eu passando, e de repente me aparece uma oportunidade. Pronto.
Fácil? Até parece...Quando a esmola é muita, a gente sempre desconfia, não? Além do mais, naquele momento eu não queria. Aquele curso, aquele tema de projeto, aquele estagio, aquele trabalho... Mas eu achava que aquele objetivo, dado de repente, não devia ser prioridade.
Mas não era eu que estava buscando. Era Deus que estava impondo. Sim, impondo. Porque temos as vezes a incrivel capacidade de desdenhar, de não reconhecer o que Deus põe para nossas vidas, de subestimar a Ele e a nós mesmos nessas situações, ao mesmo tempo em que superestimamos as coisas que deveriamos avaliar de maneira mais realista.

E daí me surgiram duas respostas.

Quanto vale um sonho, um objetivo? Algo.
Isso mesmo. Algo.
O "Tudo", que é Deus, nos dá "algo" em nossas vidas, porque assim prometeu que faria, e faz. Esse algo as vezes não se define claramente a nós a principio. Mas conforme andamos em Seus caminhos, percebemos o quanto este algo se torna importante devido ao fato de ter sido dado por Deus, e por isso passar a ser mais que uma benção: ele recebe o valor da responsabilidade que temos em honrar o sonho, o objetivo que Ele resolveu nos dar. E justamente por sabermos que é Ele que está nos dando que não superestimamos o valor do objeto, nem ficamos ansiosos enquanto os buscamos e nem frustrados com os resultados.

E quanto vale, afinal, um sonho, um objetivo? Ainda, nada.

Por que nada? Porque é nossa realidade neste mundo: Daqui, nada se leva para o outro. Os nossos sonhos, nossos objetivos que são dados neste mundo pertencem a este mundo, onde a traça rói, a ferrugem corrói e o corpo volta ao pó.
Deles só podemos tirar a breve sensação de satisfação que eles nos dão, que deve servir para nos lembrar que alguém que é "Tudo" se importa conosco e cuida de nós.

E estes sonhos, estes objetivos, também nos servem para nos testar, nos treinar e preparar para aquele outro país, onde teremos, enfim, a satisfação eterna.
Pois enquanto aqui nós somos o "nada", lá estaremos enfim com aquele que simplesmente "É"...

J2ML




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PS: Tive mestres nesta terra, assim como ainda os tenho e ainda terei outros, e do mesmo modo, meus mestres tiveram seus mestres. Se o estilo, o texto e algumas passagens lembrarem ao leitor de algum outro autor, acredite: não foi mera coincidencia. Afinal, a fé vem pelo ouvir, o que não exclui ler o que foi feito antes de mim. Citar todos eles seria um trabalho longo que eu não quero ter aqui, mas aceito de bom grado caso alguém pergunte.

PPS: Um filósofo chamado Locke faz poucos seculos atras definiu que o que atribui valor a determinado objeto é o trabalho relacionado a ele. Isso na verdade já havia sido definido em uma parabola faz 2 milenios atras, mais ou menos, que contava a respeito de empregados que receberam de seu patrão determinadas quantias em dinheiro e tinham como obrigação fazer com que tal dinheiro rendesse...Isso foi uma sacada que tive em meio ao texto. Discorde se quiser.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Perseguindo sombras:


[quebrando as sequencias de paixonite dos meninos...e faz tempo não escrevia aqui, não?]

Vivemos em busca de coisas concretas.
Precisamos delas para viver.
É o que pensamos...Na maioria das vezes,
as desejamos por mero capricho dos nossos prazeres.

Aquele algo concreto que buscamos,
quando não o alcançamos,
apenas conseguimos nos aproximar de suas sombras.
E como elas são imagem, ilusão, não as capturamos.

Perseguimos sombras.

São sombras de amores idos,
sombras de sonhos findos,
sombras de desejos perdidos,
frustrações que se tornam fantasmas.

Sombras que nos perseguem.

Que passam a escurecer boas intenções,
que barram nossos sonhos,
e buscam reduzir nossa auto-estima.
Destroem nossa vontade de viver.

Sombras que nos perseguem,
mas só enquanto as permitirmos.
Elas somem de nossos caminhos no momento exato
em que resolvemos lembrar onde elas se formam:
para tras do que passou em nossas vidas.

Sombras só são sombras.


MayFlower




terça-feira, 30 de novembro de 2010

Remendos e Costuras:

Morena, tá tudo bem,
embora eu esteja do outro lado faz muito tempo.
Eu zanguei numa cisma, eu sei.
E não sei se mereço enfim um sim.

É que nunca me disseram o que devo fazer, como devo proceder,
sobre o que quero fazer e dizer; só sei que não quero
deixar de extravazar, de demonstrar.

Mesmo na distância meu pensamento voa longe demais:
imaginando você até minha hora de deitar.
Quero tirar você deste lugar, e levar você pra ficar comigo.
Eu sei que você tem medo de não dar certo, mas
quero que você não pense em nada triste.

Meus sonhos não são dificeis de advinhar;
só quero que o acontecido aconteça,
que meu tempo não tenha sido perdido,
e que minhas lágrimas tenham um fim.

Eu sigo em paz.

E toda essa costurada, esse remendo musical,
é pra que você saiba que sem você
sou pá furada
e que no mundo tem alguém que muito, muito, tanto, tanto,
te quer.

E o que eu quero, quando te encontrar,
é ser seu Pápá, pra deixar de ficar tristinho,
e chorar, beijar, te abraçar...

...e ficar assim com você, juntinho,
sem caber de imaginar,
até o fim raiar, mama minha.

J2ML , com a ajuda de Biquini Cavadão, Los Hermanos, Mombojó, Marisa Monte, Zeca Balero, e um desconhecido...

PS: Esse texto, que fiz em 2006 de vários remendos de músicas que ouvia na época, foi mais um exorcismo do que um post...

sábado, 27 de novembro de 2010

Paixão (13): Insônia.


(mal de boa parte dos apaixonados)

A cabeça pesa cada vez mais
enquanto as horas se vão
e o escuro chega em seu ápice.
Logo será dia.

E tudo o que você mais queria
o que mais desejava durante o dia
te persegue noite adentro.
Logo será dia.

Você gostaria de esquece-la,
quer muito que ela se vá de sua mente
mas que volte ao amanhecer.
Logo será dia.

Pior que o sonho que acaba
ou o pesadelo que tem fim
a insonia é real, mas também termina.
Logo será dia.

Nino Srat

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Paixão (12): Pesadelo


(Outras paixões, no entanto, são verdadeiros pesadelos...)

Me beliscava e não adiantava.
Nada mudava.
Ela não mudava.

Não sei quando o belo se tornou o horrendo.
Nem lembro como o vinho virou vinagre.
Como o sonho mudou para este pesadelo?
Ela não mudava.

A escuridão crescente me cercava.
E meu corpo parecia cair num longo abismo.
O amor tombou, ergueu-se o odio.
E eu queria ser indiferente a ele,
mas ela não mudava.

Eu queria sair deste pesadelo.
E me beliscava na busca do fim desse abismo.
Queria a luz de um novo dia, para que tudo mudasse...
Mas não adiantava.
Nada mudava.
Ela não mudava.

Nino Srat

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paixão (11): Sonho


(Algumas paixões são como bons sonhos)

Eu estava ali com ela. Ela parecia estar ali comigo.
E era como um sonho. Tudo o que eu antes esperava.
Tudo o que eu havia imaginado.
Eu sonhava.
Eu sabia que sonhava.

Eu pensava tê-la comigo. Eu já era dela.
Estavamos livres de tudo.
Eramos livres para tudo.
E eu sonhava.
E sabia que sonhava.

Nós juntos ali.
Era um sonho, pois eu sabia que sonhava.
E sonhos tem fim, e eu sabia que sonhava.
Sabia que meu tempo seria curto...
E por isso eu só me atrevia a, lentamente,
ir segurando apenas a ponta dos seus dedos...
...e retardar ao maximo possivel o despertar.

Nino Srat

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Paixão (10):

A principio é tudo por um motivo:

Sexo.

NinoSrat

PS: Esse tema de posts não terá fim. Saiu do seu controle, J...

domingo, 14 de novembro de 2010

Datafodse Informa:

Paixão, amor e caricias são o que mais gera inspiração para musicos fazerem canções.
Pena que nenhuma delas faz sentido para outras pessoas alem deles mesmos.

D'Óculos.

Paixão (9):

Não importa o que é a paixão, no fim.
O que importa é o que fica depois que ela se vai.

Aliás, ela se foi, novamente...
E ainda não sei se ficou alguma coisa.

Hummm.
Vamos mudar de assunto...

J2ML

PS (D'Óculos): Aham. Como foi o fim de semana de vocês?

Paixão (8):

A paixão é como um problema de lógica.
Não importa o meio, mas você tem que resolve-la.

D'Óculos

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Paixão (7):



O interessante de estar nesta situação emocional é ouvir o mp3:

Primeiro, metade das musicas da playlist perde o sentido.

Segundo, a outra metade dela adquire um sentido até então desconhecido...

No final, toda a playlist acaba sendo insuficiente para exprimir o estado geral do momento.

J2ML
Ilustrações: D'Óculos

Paixão (6):

É a pior desculpa pra vadiar:

Eu devia estar estudando, escrevendo, trabalhando.
Mas pensei nela, e vim parar aqui.

J2ML

Casais (5):

No metrô.
Eles entram juntos. Viajam juntos.
Quatro estações depois, ela desce só.
Ele segue só mais quatro estações.
E também desce só.

(E eu penso: como é na volta?)

J2ML

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Paixão (5):

Paixão é a própria privação do caos de agir contra você mesmo...

D'Óculos.

PS: (J2ML) Eu juro que não entendi. E acho que nem ele, na verdade...

Paixão (4):

Uma forma de matar a paixão: A preguiça.
Fui um assassino em série delas nos ultimos anos.
E algumas estavam tão boas...
Mas eu simplesmente tive preguiça de fazer alguma coisa para mantê-las...
E elas lentamente morreram de esquecimento.

Paixão (3):

Devia estar no dicionario:

Paixão.
Antonimia: Paciência...

Paixão (2):

Paixão é uma visita daquelas bem incomodas.
Chega quando você menos espera, e menos pode recebe-la.
Fica o tempo que quiser e te exige o maximo de atenção possivel.
E vai embora sem se despedir, justo quando você havia começado a se acostumar com ela...

J2ML

Paixão (1):

Substantivo


Singular Plural
Feminino paixão paixões

pai.xão

  1. sentimento ou emoção de grante intensidade
  2. amor obsessivo

[editar] Sinônimo

[editar] Antônimo

  • ação (para os filósofos gregos)
  • razão (para a sociedade contemporânea)

Casais (4):

Eu não estava tendo um dia bom.
E a felicidade em que estavam aqueles dois me incomodou.
Com suas maõs dadas.
Os olhares trocados.
Um momento de sorrisos bobos.
Outro momento de semblantes sérios.
Eles se vão sob a minha sombra, que se pudesse os esganava.
Eu saí dali primeiro...
Afinal, só não estava tendo um dia bom.
E um pouco de inveja brotou...

J2ML

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Democracia:

-Eu vou votar em Fulano.

Ela disse isso quando ainda estava em meus braços, na cama. Era um daqueles papos pós-transa que não precisam de sentido. São apenas para quebrar o nosso silencio posterior ao fim do ato. Normalmente o tema dessas nossas conversas é sobre alguma coisa - qualquer coisa - que tenha uma daquelas afinidades que nos aproximaram no inicio do relacionamento: time de futebol, bandas de musica, blocos de carnaval... Ou então sobre alguma coisa totalmente sem sentido, mas que faça com que cheguemos juntos a uma conclusão comum, como o que deve ser feito com a rachadura no teto do nosso quarto, se deviamos ou não trocar a ração do cachorro por uma mais barata, sobre como a vizinha velhinha do andar de baixo parou de reclamar do porteiro que já não trabalha no prédio faz mais de dois meses...

Enfim, era um papo corriqueiro do qual nenhum de nós precisava fazer alguma argumentação mais concreta, não seria necessario iniciar uma discussão nem forçar a cabeça atrás de ideias ou outra coisa qualquer para sustentar uma posição. Era isso até aquele momento.

Em epoca de eleição é dificil escapar de uma conversa sobre preferencia politica. Eu procuro evitar ao maximo. Até porque - por mais que se diga que isto é democracia, que é assim que se forma opinião e tal - não se chega a conclusão alguma. Eu vou votar em ciclano, o cara em beltrano e agora minha parceira em fulano. E ponto. A discussão só serve para mostrar o qunato discordamos entre nós.

É uma epoca perfeita para se irritar os outros: você os provoca dizendo que vai votar num qualquer, por motivos os mais idiotas possiveis, medindo a reação da pessoa e fazendo mais argumentos ridiculos para deixa-la ainda mais irritada, até o ponto em que ninguém mais se suporta e ou se separa ou muda de assunto com aquela irritação de quem perdeu tempo em algo inutil e só percebeu tarde demais.

Então eu volto à primeira cena: Ela vai votar em Fulano. Justo em Fulano! Fico pensando nos segundos que me restam - são muito poucos - para ficar em silencio sem dizer nada. Ela sabe que eu jamais votaria em Fulano. Sabe que seria totalmente contra meus principios politicos, minhas ideologias, meu simples modo de raciocinar a formação deste país e do mundo... Na verdade, ela só quer minha aprovação para a escolha do candidato dela.

E o tempo fica mais curto enquanto penso numa fuga para a minha situação em crescente desespero. Ela em breve vai se virar e me encarar, repetindo seu comentario a espera que eu retruque.

Perdido em minha mente e ainda com ela nos meus braços, eu tento encontrar nela uma resposta. E reparo naquele corpo junto ao meu, com traços tão diferentes, mas que momentos antes era parte de mim, e disputava com o meu corpo uma eleição de prazer, de amor. Um comentario no entanto anularia aquele processo democratico que havia sido nosso ato de amor.

Foi então que pude ver minha fuga na base do sistema da democracia: o respeito pela diferença de opinião entre as diversas parcelas de eleitores. E resolvi usar uma saída simples e facil - principalmente por entre nós não haver minoria nem maioria. Segurei ela com mais força, puxando-a mais para junto de mim, dei um beijo na testa dela e disse, com a voz mais doce e disfarçada que pude:

- Tudo bem, amor...

Ela respondeu meu abraço, fez silencio e dormiu um pouco depois. Eu levei mais um tempo, pensando nos prós e contras do processo democrático.

Viva a democracia!

Nino Srat

Explicando minhas relações com a UMP em geral:

Esse post vai soar mais como um desabafo do que qualquer outra coisa. A intenção nunca foi esta.
É uma forma de explicar minhas ultimas atitudes em relação a todo e qualquer trabalho na igreja.
Embora eu não tenha a obrigação de explicar nada a respeito disto, pois não devo nada a igreja e nem a ninguém.

Pra inicio, lembro algo que todos proximos a mim sabem: não sou presbiteriano, não no sentido de se-lo antes de ser cristão. Nunca concordei totalmente com suas ideias, seu sistema, sua cadeia hierarquica e suas tradições que ultimamente tem sido tão cultuadas por sua liderança.

Sendo assim, sempre me mantive a distancia do discurso institucional. Isso era bom, a partir do momento em que eu exercia alguma função na sociedade interna, pois me mantinha concentrado em fazer as programações funcionarem, cumprindo com a minha palavra dada ao receber estes cargos. O lado ruim é que no momento em que eu via o discurso institucional ultrapassar a Palavra eu sentia desgosto de estar onde estava, e me desanimava. Aí eu trabalhava menos.

Passei a ultima decada esperando motivos para me 'apegar' à ipb. Não os tive. Apenas tive momentos de gosto e desgosto, coisa que eu provavelemente sentiria em qualquer instituição religiosa, não apenas na presbiteriana.

Quando enfim vi que a vida cristã não necessitava de uma afiliação institucional à igreja, estava a meio caminho de optar pela saída pelos motivos errados. Foi tempo de me corrigir e aparar pontas de uma ideia que sempre cresceu em meu intimo, mas que ainda não está formada, e que não tenho como expressa-la aqui. Mas foi uma ideia que me segurou ainda uns instantes na igreja para perceber o que realemente é relevante para o convivio entre cristãos em um mesmo local.

Eu sei que até agora expliquei meio por alto e estou deixando muita coisa no ar sem explicar. Mas é que todo este historico não importa agora. O que venho explicar são as reações dos ultimos 10 meses, por volta disso:

Primeiro, deixei de recitar motos e cantar hinos de sociedade interna faz muito tempo. Não os fazia mais na UPA (lembro que a cada programação eu recitava um versiculo diferente, mas nunca citava o moto). Por mais valor que suas letras tenham, e por mais que eu concorde com muto do que é cantado, não me sentia à vontade em 'seguir as ovelhas'.

Segundo, sei que por algumas vezes deixei minha posição neutralista e passei à uma oposição ferrenha de seu sistema. Me deixei levar pela raiva algumas vezes, por alguns rancores e pelo ódio. E disso me arrependo. Várias vezes sofri com a maldição de Cassandra, por prever falhas neste sistema e não ser ouvido, supostamente, até que estas ocorressem. Não sou profeta, apenas pessimista, e infelizmente prevejo um momento em que a IPB verá algumas de suas tradições como muro para o progresso da Boa Obra. E aí haverá um momento de escolha, e este momento eu prefiro não fazer previsão sobre a decisão (na verdade isso já ocorreu uma vez na historia da ipb, entre 1962-1968).

Terceiro, ocorreu algo que ocorre a alguns da minha idade (embora não a todos): O mundo em que antes viviamos encolheu. Surgiu a necessidade de sair um pouco, abrir portas, experimentar opções antes inexistentes, conhecer novas pessoas e, por fim, derrubar algumas barreiras que a igreja e seu discurso assustado introduzem em nossas mentes e corações. Infelizmente alguns dos que chegam à minha idade se perdem por não terem recebido a instrução essencial na igreja, apenas a moralista, que é insuficiente para a sobrevivencia da fé neste periodo de nossas vidas. No meu caso, a mão divina evitou meu mal nos momentos de minha fraqueza. E tem evitado até agora. No caso de alguns que eu conheço, que foram mais longe e tiveram menos cuidado, tenho que dizer que lamento menos por eles, e mais pela propria igreja, que tem ainda a ideia de moral e bons costumes como centro da vida cristã, e não é capaz de receber de volta aos que erram e tentam retornar em busca de socorro.

Quarto, e o que tem sido mais problematico: Meu sumiço lento e gradual foi por questão de liderança. O peso de ter sido liderança muitas vezes me veio no momento de sair. O medo de que alguém me seguisse, pelo caminho que apenas eu consigo trilhar, me reteve muitas vezes. Os que infelizmente me seguiram eu procurei lançar de volta ou envia-los a algum lugar que não os afastasse da Palavra. Alguns no entanto sairam junto comigo ou mesmo antes de mim, e tem motivos diversos aos meus para sair, e de fato estão seguindo um outro caminho. Estes eu ainda auxilio quando posso, mas quanto a eles minha consciencia está tranquila.

Por ultimo, quero explicar que muita coisa está por tras dos meus motivos: é meu desejo anarquista; minha eterna incompreensão de um sistema hierarquico que preza o poder antes do amor, na maior parte das vezes, e que leva à corrupção da alma, principalmente; é um pouco a minha vaidade por conhecimento, por acabar sabendo mais que os outros e vendo mais que os outros; é em parte minha revolta com os "caçadores de bruxa" da minha geração, que infelizmente alguns ajudei a formar, e seu fanatismo que não permite argumento e só esbanja arrogancia. É minha luta constante para perdoar aqueles que me fizeram mal, uma luta já longa e cujo fim está distante. Em resumo, é a luta por manter a individualidade no "corpo" cristão (sem esquecer ainda que a salvação é individual), luta às vezes necessaria, e mais vezes desnecessaria.

É tudo isto de mim, e é cada vez mais menos disto de mim...

Para finalizar, uma frase que um amigo inesperado me mostrou, que muitas vezes tem me posto de volta nos trilhos D'Ele: 'Não se vai à igreja, se É Igreja'.

J2ML

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Consciente X Subconsciente:

Eu pago o preço todas as noites, de ter me recusado a olhar pra você uma segunda vez naquele dia. Ao pega no sono, minha mente vai lentamente buscando aquele momento unico em que reparei na sua existencia. A partir daí, se cria em sonho o mundo que eu não teria desejado se estivesse consciente, por ser perfeito demais.

É neste local magico que posso rever sua imagem, e ao te olhar mais uma vez esperar que os seus olhos encontrem os meus. E com o encontro, o sonho segue no que poderia ser um futuro possivel, entre eu e você.

Da perfeição do sonho, lentamente vai voltando à minha mente a sensação de que há algo de errado, e é neste momento que sinto acordar. E acordar após este sonho me traz a melancolia propria daqueles que relembram um arrependimento ou fracasso. E lembro, pra piorar, que este sonho se tornou uma constante de todas as ultimas noites. E ainda pior, se tornou na verdade um pesadelo, habitado pelo fantasma da sua lembrança, que é incapaz de surgir a minha mente durante o dia...

Mas é durante o dia que me vem o conforto. Um conforto tão covarde quanto o ato de não ter olhado pra você uma segunda vez: a ideia de que o que não aconteceu não importa; não era pra acontecer mesmo. De que o passado passou, o presente se vive, o futuro ao destino pertence...

Desculpas tolas para apaziguar a fraqueza de não ter desejado te olhar uma segunda vez...

E é neste momento que eu percebo que na verdade nada disto importa, e que eu não te olhei a segunda vez, porque na verdade eu, conscientemente, não quis...

Então todo o meu corpo se acalma. E sei que, até a noite, estarei tranquilo.

J2ML

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dr. Jekyll:




Eu observo meu reflexo no espelho como se olhasse as duas faces de uma moeda.
Partes diferentes, opostas, de um todo comum.
Vejo aquilo que sou e que não desejo mais ser.
Vejo um ser que quer ser aquilo que não desejo que ele seja.
Descontrole sobre minhas personalidades.
Uma confusão que eu procuro manter, porque temo sua resolução:
A vitória de um dos lados.
De um monstro que não posso conter, que vive adormecido em meu ser... e que às vezes eu desejo se-lo.
Não lembro dos calculos da formula, dos seus ingredientes e nem de quando me fiz de cobaia dela.
Sei que, agora, o antidoto também não me interessa.
Se é que ele existe...

J2ML

Genocidio Eletronico:

A vida anda eletronica demais.
As filosofias de vida são passadas por um aparelho com fones de ouvido.
A sorte de nossos dias vem ao acaso, gerada aleatoriamente por uma maquina fria.
Nossas esperanças aumentam e diminuem conforme abrimos sites de noticia.
Nossos contatos intimos se resumem a imagens 3x4 geradas por uma camera e por emails que lotam nossas caixas de entrada.
Nossa nescessidade em criar um circulo social e buscar afeto se resume a mensagens instantaneas envidas a desconhecidos, e rostos anonimos podem ser vistos a todo momento.
A dependencia de toda uma vida social resumida em alguns kilobites.
Uma realidade ligada em redes, virtualmente existente, virtualmente irreal.
Eletronicamente viva, realisticamente moribunda.
Totalmente dependente da eletronica para viver.
Se faltar energia eletrica, o que acontecerá?

J2ML

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Inspirado em Riachuelo:

Glacê de bolo lambuza.
Lembranças vem e vão,
como agua na privada
com a descarga.
Memória nojenta...

Epa! Ontem te desejava.
Passaros poluem o céu com seu trinado,
e canos de escape de automóveis
embelezam o ar cinzento.

A paixão é uma força que necessita de alivio.
E o hoje não é como o ontem.

Mas como será o amanhã?
Crianças brincam na calçada,
casais transam nos moteis,
Deus também ama os infieis...

Meu desejo sempre passa,
sempre volta.
Quando voltarei a ver quem não quero mais ver?
Meu mundo tem pé nem cabeça,
sem pé tem cabeça.

J2ML

sábado, 12 de junho de 2010

Mochila Xadrez:

Poderia ter sido uma daquelas trocas de olhares de fortes vibrações, que agitam o interior da gente e nos deixam temporariamente sem ação, de tão intensa que são.

Mas não foi. Eu pressenti e desviei o olhar.
Eu preferi não ter mais aquela preocupação no meu dia. Parte da minha reação também foi por medo - nunca sabemos o que pode se tornar situações assim - e pela simples falta de curiosidade.

Eu avi apenas de relance, antes de deixar o ambiente. Só pude reparar que ela era bonita, mas como olhei mesmo bem de relance, não pude memorizar quase nenhum detalhe dela.
Só reparei na grande e pesada mochila que ela levava nas costas: Uma mochila de pano xadrez.

Este objeto acabou assombrando minha memoria. Quando finalmente a curiosidade bateu à minha mente, nenhum traço daquela garota foi trazido à tona. No entanto, a mochila surgia em seu lugar, detalhada com tanta perfeição em minha memoria que chego ainda a me lembrar de seus rasgos e desfios de costura, e a que altura do fecho eclair sua dona a deixava aberta.

Da dona da mochila mesmo, nem a vaga lembrança de ombros que a carregassem eu tinha. Nada que pudesse saciar a curiosidade tardia. E esta lembrança me assolaria pelos dias consecutivos, conforme eu ia percebendo que estava sendo castigado pela minha propria memoria por ter me recusado a prestar atenção atenção no ser que olhou para mim por alguns segundos.

E essa penitencia duraria ainda mais algumas semanas, e eu para fugir dela buscava desesperadamente encontrar aquela mochila novamente, para enfim ver sua dona e me livrar deste fantasma de dorso que perseguia meus pensamentos.

J2ML

domingo, 18 de abril de 2010

Analisando meu MP3:

[turn on]

[opening playlist...]

[now playing]

Dia desses parei pra trocar algumas musicas no meu mp3.
Troquei quase nada. No fim apenas tinha mais umas 3 musicas novas.
Então eu fiquei olhando a lista de musicas...Achei incrivel perceber a quantidade de musicas que estavam no mp3 mas que não eram parte do meu gosto musical.

[skip]

Sempre que me interessava por uma garota e sabia seus gostos musicais, arrumava as musicas que ela mais gostava de ouvir para poder escuta-las também. Era uma forma de buscar alguma conexão com um ser que as vezes eu sequer conhecia direito... Teve situações em que eu havia ouvido a playlist da garota mais do que a voz dela mesma.

[skip] [skip] [skip back] [pause]

E depois, quando o interesse passava (por quaisquer motivos...) as musicas iam ficando na minha playlist, se ajuntando a outros arquivos .mp3 e .wav de paixões anteriores e posteriores.
Hoje fui perceber que um terço da minha playlist veio destes espolios sentimentais. E pior: algumas destas musicas eu não tenho a menor intensão de remover da lista.

[play]

E não conseguiria me sentir bem com isso se não fosse por outra musica, que não foi tomada de playlist nenhuma, mas que surgiu na minha playlist por questão de pura necessidade. A letra dela ajudou a entender boa parte disso:

[fast forward]

Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu

Nem quando, nem onde

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais

Eu nem me lembro mais...

Eu sigo cantando minhas maldições...

[stop]

[turn off]

[closing...]


J2ML

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Post Niver

Não lembro bem quando foi, e nem por que, mas peguei um desgosto por comemorar meus aniversarios.
Sei lá se é crise nova próxima dos meus trinta anos, mas não me faz a menor diferença comemorar mais um ano de vida.
Aquele momento em que se junta à mesa da familia uma série de amigos - a maioria deles, não meus - para bater palmas, comer bolo, beber refrigerante e te dar os parabens.
E vem à mente: parabens pelo que? A memoria vai sendo vasculhada pra lembrar as coisas boas que ocorreram no ano anterior, e justo nessa hora você percebe que elas somem. Só se lembra do que foi ruim.
E eu percebo que ao redor me faltam nessa hora aqueles que estavam comigo no pior momento. Este é um dos motivos para fugir todas as vezes no meu aniversario: os amigos - mesmo - estão ocupados e cansados demais para celebrar, e eu entendo porque também estou.
Isso fica visivel nos meus olhos sonolentos ao observar a mais nova vela do bolo, queimando lentamente até se apagar no fim.
Não ocorre o mesmo conosco?
Mas foi apenas um desabafo de depressão post aniversario.

J2ML

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu falto:

Justamente: eu falto.
Eu falto com a obrigação de me interessar.
É tanto...tantas opções, tantas escolhas, tantas chances, tantos tipos, tanta cor, som, gosto, sensação, sentimento.
E eu falto. Mero desinteresse.
E era tanta coisa ainda para escrever a respeito disso...
Mas agora não me interessa continuar a escrever.
Falto ao final.

J2ML

PS: e falta tempo também...

Faz falta:

Faz falta o tempo em que eu continha minhas paixões.
Conseguia amar.
Hoje, não mais.
Me entrego a elas totalmente... desde que durem pouco.
Não tenho assim que perder meu tempo com nada:
as paixões vem e vão, deixando a porta sempre ocupada para que o amor não entre.
É um modo de evitar desilusões?
Sim, mas também é consequencia do ambiente.
Afinal, hoje é tudo tão livre, leve, solto.
Folhas ao vento...elas apodrecem tão rápido quando chegam ao solo...
Melhor seria ser a semente, que quando cai o fruto, este se machuca e apodrece.
Mas permite que a semente germine e crie nova planta.
Faz falta ser a semente.
Faz falta conter as paixões.
Faz falta amar.

Ah, mas a folha ao vento é tão mais leve...

Nino Srat

Está em falta:

Um romance. E os olhos carentes
um suspirar de desistencia.
A volta do perfume que a maresia cobriu.
Os desfios do seu vestido
o gesso que eu tanto tingi com suas canetas.
Agora as promessas não tem menor sentido
apenas falta.
Tudo falta...
gosto, gasto minhas ideias, minhas vontades
com nada que para nada
aprender
a ver que não tem o que crer.
Por fim falta.
Surda, minha, falta.

D'Óculos

domingo, 28 de fevereiro de 2010

oi. simples assim.

oi.
nesses dias de calor e brilho ofuscante.
lembreime de vc enquanto era alvo dos reflexos amarelo sintilante.
passando em uma rua pequeime amarado as petalas de uma acassia.
era como um drink gelido,afavel, doce. algo manga/pessego.
esquece o drink.
lembreime de vc, do meu amigo confiavel e suas peripercias.
nos eus dias de nostalgicos saldozos vim te mandar...
o de praxe, cliche: mil beijos pra vc.
manda um desses mil (mas manda so um) pro meu futuro e novo amigo.
dono do seu coração.
beijAUUM.

que DEUS olhe pela sua sorte.

feliz aniversario

pelas luas de março. naqueles olhos castanhos. um sorriso inconfundivel.disfarçados entre novos suspiros de seu ar.sua voz modela aquilo que so vc pode dizer.seus labios dizem, afirmando o que seu desejo ja moveu; coração, olhos e pulmões. EU apenas festejo e sorrio a ideia de te ver.

peles nuas de março. naqueles osculos castanhos. dois sorrisos difundidos. alimentados de novos ares. outras vozes derrubam o silencio.os labios mudos, o desejo estagnou. rins, bocas e dedos. A nossa distancia me entristece e me emudece.

devorados pelas borboletas que engulo incansavel.
suas cores me afetam e me descasam, o movimento me enjoa e entoa: ideais, ideias indiscriminadas. e perdido em toda esta dilaceração de sentidos, gostos e palavras que jorra da minha mente. lembro que queria apenas adiantar minhas felicitações.
mas ainda é cedo.