Lembranças. Memórias. Perseguição diária.
Ainda.
É uma música na playlist, uma foto no celular, um café, um lugar...
Marcas de um tempo perdido que ficaram.
Ainda.
A perseguição diária de uma vida que não é mais.
Outra vida que continua. Que tem que ser vivida.
Precisa ser vivida. Merece ser bem vivida.
Ainda.
Nesse momento é bom tentar ser artista. Arte constrói. Arte é vida.
Arte também destrói. Também é morte.
Arte transforma. Torna aquilo que agora pesa em inspiração, ideia, opção.
E o artista, abençoado pela criatividade, destrói tudo.
Ainda.
Destrói lembrança. Destrói memória.
Vira som. Vira desenho. Vira quadro. Vira foto.
Vira prosa. Vira poesia. Vira conto. Vira texto.
Destrói a vida que não é mais. Destrói o que ficou do tempo perdido.
Destruição vira vida.
Ainda.
Um novo dia...
É outra música na playlist, novas fotos no celular, mais um café, outro lugar...
Novas lembranças. Nova memória.
Outra vida. Viva.
Ainda...
Nino Srat