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domingo, 18 de abril de 2010

Analisando meu MP3:

[turn on]

[opening playlist...]

[now playing]

Dia desses parei pra trocar algumas musicas no meu mp3.
Troquei quase nada. No fim apenas tinha mais umas 3 musicas novas.
Então eu fiquei olhando a lista de musicas...Achei incrivel perceber a quantidade de musicas que estavam no mp3 mas que não eram parte do meu gosto musical.

[skip]

Sempre que me interessava por uma garota e sabia seus gostos musicais, arrumava as musicas que ela mais gostava de ouvir para poder escuta-las também. Era uma forma de buscar alguma conexão com um ser que as vezes eu sequer conhecia direito... Teve situações em que eu havia ouvido a playlist da garota mais do que a voz dela mesma.

[skip] [skip] [skip back] [pause]

E depois, quando o interesse passava (por quaisquer motivos...) as musicas iam ficando na minha playlist, se ajuntando a outros arquivos .mp3 e .wav de paixões anteriores e posteriores.
Hoje fui perceber que um terço da minha playlist veio destes espolios sentimentais. E pior: algumas destas musicas eu não tenho a menor intensão de remover da lista.

[play]

E não conseguiria me sentir bem com isso se não fosse por outra musica, que não foi tomada de playlist nenhuma, mas que surgiu na minha playlist por questão de pura necessidade. A letra dela ajudou a entender boa parte disso:

[fast forward]

Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu

Nem quando, nem onde

Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais

Eu nem me lembro mais...

Eu sigo cantando minhas maldições...

[stop]

[turn off]

[closing...]


J2ML

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Post Niver

Não lembro bem quando foi, e nem por que, mas peguei um desgosto por comemorar meus aniversarios.
Sei lá se é crise nova próxima dos meus trinta anos, mas não me faz a menor diferença comemorar mais um ano de vida.
Aquele momento em que se junta à mesa da familia uma série de amigos - a maioria deles, não meus - para bater palmas, comer bolo, beber refrigerante e te dar os parabens.
E vem à mente: parabens pelo que? A memoria vai sendo vasculhada pra lembrar as coisas boas que ocorreram no ano anterior, e justo nessa hora você percebe que elas somem. Só se lembra do que foi ruim.
E eu percebo que ao redor me faltam nessa hora aqueles que estavam comigo no pior momento. Este é um dos motivos para fugir todas as vezes no meu aniversario: os amigos - mesmo - estão ocupados e cansados demais para celebrar, e eu entendo porque também estou.
Isso fica visivel nos meus olhos sonolentos ao observar a mais nova vela do bolo, queimando lentamente até se apagar no fim.
Não ocorre o mesmo conosco?
Mas foi apenas um desabafo de depressão post aniversario.

J2ML

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu falto:

Justamente: eu falto.
Eu falto com a obrigação de me interessar.
É tanto...tantas opções, tantas escolhas, tantas chances, tantos tipos, tanta cor, som, gosto, sensação, sentimento.
E eu falto. Mero desinteresse.
E era tanta coisa ainda para escrever a respeito disso...
Mas agora não me interessa continuar a escrever.
Falto ao final.

J2ML

PS: e falta tempo também...

Faz falta:

Faz falta o tempo em que eu continha minhas paixões.
Conseguia amar.
Hoje, não mais.
Me entrego a elas totalmente... desde que durem pouco.
Não tenho assim que perder meu tempo com nada:
as paixões vem e vão, deixando a porta sempre ocupada para que o amor não entre.
É um modo de evitar desilusões?
Sim, mas também é consequencia do ambiente.
Afinal, hoje é tudo tão livre, leve, solto.
Folhas ao vento...elas apodrecem tão rápido quando chegam ao solo...
Melhor seria ser a semente, que quando cai o fruto, este se machuca e apodrece.
Mas permite que a semente germine e crie nova planta.
Faz falta ser a semente.
Faz falta conter as paixões.
Faz falta amar.

Ah, mas a folha ao vento é tão mais leve...

Nino Srat

Está em falta:

Um romance. E os olhos carentes
um suspirar de desistencia.
A volta do perfume que a maresia cobriu.
Os desfios do seu vestido
o gesso que eu tanto tingi com suas canetas.
Agora as promessas não tem menor sentido
apenas falta.
Tudo falta...
gosto, gasto minhas ideias, minhas vontades
com nada que para nada
aprender
a ver que não tem o que crer.
Por fim falta.
Surda, minha, falta.

D'Óculos