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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sem Titulo



Estava meio preocupado

descontente
mas no outono em baixo de uma arvore
amarelada eu
deparei com as nuvens alaranjadas do cair da tarde
o crepusculo a minha esquerda
brilhava e reluzia em vc
criando uma atmosfera tranquila e
afavel e ao fundo o som vibrante
acariciava nossos ouvidos
o sibilar de um violino
o vento agora não soprava tão forte
mas seus cabelos balançavam
num ritmo suave
mas ainda assim eu fechava os olhos
acreditando ser só mais um sonho
ai eu sorri e disse que vc
era linda
mas naum era vc
era apenas mais uma de minhas folhas
cheias de rabiscos...

domingo, 26 de abril de 2009

As coisas mudam mesmo...

É estranho como as coisas mudam mesmo,
e no fim tudo fica meio sem sentido.
Nada fica como está.
Tudo mudou de lugar.
Não sentamos mais nos mesmos bancos.
O que conversavamos não conversamos mais.
Os jogos, as brincadeiras, as horas de diversão,
perderam sua graça.
Ganharam em conflito, em disputa.
Os amigos deixaram de ser.
Alguns se tornaram irmãos.
Outros, o triste inverso.
A moreninha que eu gostava,
agora está loira, custei a notar,
isto porque não gostava mais.
As coisa mudam, eu disse.
Mas as coisas que diziam,
as crenças que pregavam,
me dão sono, quando eu não lhes dou as costas.
Nunca foi calmo, nem tranquilo,
mas a brisa era leve, a chuva caía
e eu não ligava em ficar molhado.
Hoje faz calor.
E venta forte, na mesma direção
e nada mais me prende.
É hora de partir.
A unica coisa que faz sentido agora.
E está tudo ainda meio estranho mesmo.
Estranho o que deixo para tras.
Estranho o que vai à minha frente.
Estranho o que levo comigo.
Só não é estranho mudar.
E as coisas mudam mesmo...

J2ML

Por que...?

Por que não entendo como...?
Por que não consigo...?
Por que não posso...?
Por que você...?
Por que é...?
Por que foi...?
Por que nós...?
Por que eu e você...?
Por que quisemos...?
Por que queria...?
Por que perdemos...?
Por que não...?
Por que tudo tem que ser tão...?
Por que acabar...?

J2ML

sexta-feira, 24 de abril de 2009

É impressão minha...

...ou temos escrito aqui abaixo de nossas capacidades?

Sei lá... às vezes quero escrever algo maneiro. Vem uma idéia ótima na minha cabeça, mas aí quando passa pra cá, afunda...

Sou só eu?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Já que liberaram...

...Vamos ao que consideramos importante num conto erotico:

Tanto eu quanto o JM achamos que não há graça, sentido ou ração em se esxplorar até o extremo as sensações sexuais num conto. Erotismo é mais do que isto. E também é menos do que isto. É saber lidar com o que dois seres (ou mais, ou menos) estão pensando, sentindo e fazendo no momento determinado pelo conto. É mostrar que muita coisa continua ocorrendo enquanto dois seres desligam tudo à volta deles e criam um mundinho privado e efemero para melhor se apreciarem.

A velha fronteira entre o erotico e o pornografico. A discussão entre eros e venus. Passamos já muitas vezes discutindo quais seriam seus limites. A conclusão não se realizou. O fato que historicamente aprecio a literatura erotica, pela utilidade que ela continha, mas que desprezo sua produção, inclusive nos ultimos 100 anos. Pouco dela se salva. Quanto à literatura erotica, esta se perdeu entre a pornografica e perdeu nisto seu total senso de identidade. Sobra dela algo nesses romances baratos que temos por aí, mas também tenho ganas de chegar perto deste tipo de literatura também. Ser romantico foi uma saida que muitas vezes acabamos por usar, para evitar cair naquilo que eu considero um pouco (e JM mais do que eu...) um dos males de nossa era: a banalização do sexo. Uma saida que não podemos, nem gostamos, de usar sempre.

Entrar em assuntos deste tipo levaria a muitas divagações. Mas o que interessa aqui é dizer que importa mais o humano, e menos o instintivo. O que não quer dizer que eu não vá cruzar essas fronteiras que eu delimitei... se achar necessario entro em outras terras para concluir o que pretender passar.

Ainda uma ultima coisa: Não servimos de exemplo. Aqui ninguém é lider, guru ou heroi. Quer erotismo na sua vida? Deslique seu pc e vá viver. E não leve nada tão a serio, se não for assunto serio. Erotismo depende muito de saber brincar. E saber brincar é saber que diversão tem sua graça, seu riso e também seus micos, suas bobeiras.

Acima de tudo, isto é ser humano.

Não crio normas. Isto porque não as seguiria, provavelmente. Mas aí vamos. Ou não...

Nino Srat

sábado, 11 de abril de 2009

Aos que pedem meus contos eroticos de volta...

...mas eu sempre dou um jeito de frustrar suas espectativas né?

A troca de olhares era uma constante: se olhavam, prendiam-se um nos olhos do outro por alguns segundos (não mais de 3...) e viravam o rosto. Ela sorria bem de levinho ao fazer isso. Ele baixava a cabeça; às vezes corava, outras esboçava um minimo sorriso.

As mãos se buscavam cegamente. Se encontravam, se soltavam, andavam às voltas uma tentando chegar ao corpo da outra por outros segundos e se separavam.

A atmosfera de desejo era evidente. O modo como os dois mantinham o jogo de esconde-e-mostra com seus desejos um pelo outro chegava a ser infantil. Eles queriam ir uma ao outro, estar um com o outro. Ser um no outro...

Ah, mas era hora do café da manhã, em plena segunda-feira... Paciencia.

J2ML
P.S.:Deixem para o Nino, ele está liberado para escrever o que ele queria faz tempo...

fast forward

A vida tem sido uma correria que só e eu não consigo mais achar tempo para nada E ainda tento escrever nisot aqui uma vez por semana mas tá ficando cada vez mais impossivel e esse stresse que toma minha alma a cada dia e eu não durmo mais direito e nem consigo mais raciocinar com calma e as coisas seguem assim e vão aumentando até o ponto em que nada mais consegue ficar parado e eu tenho um monte de coisa pra resolver assim sem pensar só correndo só frase sem pontuação e pensamentos jogados diretos na folha como se fossem vomito e que egoismo é esse que ninguem mais para um segundo da vida sequer nem mesmo para ler o blog dos outros e o que vai ficando para tras são nossos sonhos nossa juventude nossa vida e tudo o mais vai sendo tragado e engolido nesse mundo que só pensa em ficar cada vez mais rapido e sem nunca parar para descansar e apreciar o sol a chuva a lua e as estrelas as pessoas que passam apressadas na minha rua e as coitadas das ciranças que ainda não forma pegas por essa maldição que a triste de nossas vidas que um dia irá terminar aqui e estaremos tão preocupados com outras coisas que provavelmente seremos avisados de que estamos mortos e agora meu tempo aqui também acabou que eu tenho outras coisas para fazer mas tá dificil até mesmo por o ponto final J2ML

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Em tempos de crise de crédito...

Em tempos de crise de credito, nada mais certo do que falar em cofre.
Todo ser humano economicamente ativo pensa logo de cara em poupança para essas situações.
Na manhã de um dia destes, fui obrigado a pensar em poupança, durante quase toda a manhã.
Não exatamente em poupar, mas no cofre em si.
Um cofrinho.

Nunca gostei de usar uniformes escolares. Só percebi isto depois que terminei o colégio e fui parar numa faculdade. Foi um impacto muito forte quando vi um patio de Campus cheio de tipos diversos de moda. Eu não tinha noção de qual era meu estilo de vestuário até ver todos aqueles seres desfilando suas adaptações de estilo e personalidade nos patios das faculdades (tá certo que alguns já davam a definição do grupo em que andavam, do que faziam, qual curso preferiam, que especie de entorpecente traficavam, quando iriam largar os estudos, etc. através do estilo de vestuario, mas...).

Não fiz moda, graças... Na verdade tenho neura com essas frescuras de tendencia, ultimo tipo e aquelas babaquices de "todo mundo tá usando". Papo de rebanho, eca... Aguns estilos eu até gostava, apreciava. Descobri nessa epoca que mulher fica, alias, bem em qualquer estilo, se souber se arrumar; aí descobri também que tem mulher que não sabe mesmo se arrumar.
Homem só segue a mudança de estilo. Acho que nem percebemos quando mudamos a roupa. O interesse em nós deve falar mais alto, discutindo com a comodidade em altos brados quando o caso é roupa pra vestir (eis a necessidade que temos de mães, irmãs, namoradas, amigos gays(?), pra escolher roupas...).

Pouco depois da minha entrada no ensino superior, e da minha adaptação aos desfiles e mudanças constantes de moda, surgiu uma moda estranha; uma moda que unia tendencias de vestuario com tendencias de comportamento. Era a moda do Cofrinho: as pessoas agora deixavam as calças propositalmente baixas para aparecer o cofrinho.
Isso era uma coisa costumeira masculina, no meu ponto de vista. Entre homens isso chegava a ser normal de se ver, ainda mais tendo amigos que passavam um pouco do peso; mas a gente nunca prestava atenção nisso. Era cofrinho de homem. Era feio. No máximo uma zoação e só, ou um aviso ao colega pra apertar o cinto...

Mas em mulheres eu no principio achei meio repugnante. É diferente, e eu não conseguia apreciar essa moda. De certa modo ela sempre existiu, desde que elas começaram a usar calças, porque sempre tinha algumas que deixavam aparecer quando se sentavam ou se agachavam. Mas o que aparecia era a calcinha, sempre a calcinha. E essa, pra mim, era a graça; havia algo a observar, apreciar: a cor, o tipo, o tecido, a calcinha em si chamava a atenção tanto quanto a dona. O campo para imaginar coisas era maior. Ainda havia uma barreira no caminho que, não transposta, nos permitia inumeras conjecturas.

Aí vem a moda do cofrinho e arrasa esta barreira. Põe por terra, ou melhor, some com ela. Passou-se a ver diretamente atraves dela. Fim da graça (Pareceu até teologia essa frase...).
E eu nunca achei legal ver direto o principio da bunda da mulher. Nem pela marquinha de bikini que ela deixava aparecer (que foi a moda seguinte, aliás). Pra mim ainda parecia com a bunda de homem (na verdade, pra mim, era a calcinha que fazia o diferencial todo da cena). Não havia nada de novo que eu pudesse acrescentar ao repertorio erotico da humanidade (uau, essa agora...).

Mas o que ocorreu neste sábado, então? Pois bem, voltemos.
Eu faço um cursinho durante a semana, de lingua estrangeira. Sempre faço algum. Gosto dessas coisas, um pouco por ter a ver com meus estudos. Um dia desses eu chego, como sempre, atrasado uns 10 minutos. Nunca chego antes ou na hora certa. Assim é mais facil achar lugar, porque não tenho que pensar muito, é só ir e sentar no lugar que eu achar de cara. Fiz isso.
Sentei, arrumei minhas coisas, larguei a mochila, tirei o caderno e me arrumei na cadeira. Aí eu vi.
Vi o cofrinho.
Vi um belo cofrinho.
Vi um pequeno, simples e belo cofrinho. E fiquei vendo acho que por alguns minutos até me tocar que não era bom eu ficar tanto tempo olhando para ele.
A dona do cofre era bem bonita. Gostei dessa ultima sala de curso porque tinha uma quantidade mulheres bonitas de diferentes idades. Essa era nova, uns 20 anos. Tinha ido naquele dia com uma calça jeans de cintura baixa, e embora não fosse seu melhor atributo, tinha uma bonita bunda.
Tá, mas isso naquele momento não me vinha ao caso. Já disse que não fui fã dessa moda de cofrinho, e a primeira reação racional que tive foi desprezar aquilo que eu via. Virei então a cara e procurei prestar atenção na aula.
E eu conseguia? Nada. Aquele cofrinho estava convincente demais. E a dona dele parecia que queria insinua-lo, constantemente mexendo o traseiro na cadeira.
Juro que era demais. E creio que ela fazia sem querer. Mas aquilo tomou minha concentração. A aula era o cofrinho. O professor era o cofrinho. O tema era o cofrinho. E só o que ficou na minha mente foi o cofrinho.

Nossa...mas que cofrinho era.

E que aconteceu? Aconteceu que ao final da manhã a aula acabou, e como no fim de um pregão de bolsa em queda, eu vi aquele cofrinho sumir quando sua proprietária o sacou ao erguer os fundos da carteira.
Naquele momento, percebi que deveria começar a ser menos restritivo quanto às minhas opções de investimento.
Afinal, estamos em crise. Melhor é aproveitar e encher o cofrinho.

Nino Srat