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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Virando a página:




Mais uma página da minha vida que se vira...




...pena que essa fez questão de ir em branco.


J2ML

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Quadrilha, a moderna:

João não amava - mas queria pegar - Teresa que era apaixonada por Raimundo mas mantinha seu perfil do Tinder. Raimundo amava Maria que engravidou dele, mas eles terminaram após o nascimento da filha. Maria resolveu deixar de amar, mas saía com Joaquim que amava várias mas queria a Lili que parecia não querer ninguém mas gostava de se exibir no Snapchat para seus seguidores.

João pegou Teresa e hoje não quer mais saber dela. Teresa bloqueou João no Whatsapp, saiu com Raimundo mas não quis mais nada quando ele se interessou por ela - e ainda tem seu perfil do Tinder. Raimundo está confuso mas cuidando da filha com Maria, que hoje ama a si mesma muito bem. Joaquim pegou Aids. Lili ainda se exibe no Snapchat, mas está num relacionamento sério com Juliana, que entrou na história via Twitter.


J2ML




Revisitando:



Quadrilha:

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história


Carlos Drummond de Andrade












sábado, 14 de fevereiro de 2015

Confuso:





Eu ela passe estou a direção confuso Não sei quero parar se ela Bom o desse labirinto Quero que Mais ou menos Mas não confusa que eu o que sinto Achava suma perdido passar está um caos que sentia também está À espera de  Sei que aqui  Eu prefiro confusa o que havia contorno na estrada Estou   não sei  Pegar o Que ela  direção oposta deixar pra lá confuso Dela? Mas ainda  que sabia Era interessante Gostaria de o que houve Perdido Meu? Eu estou Agora não sei Ela é Desejo sair Partir na Pra onde ir Não sei  tomar É confuso Que caminho 



J2ML


















terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Você nunca foi minha:



Você nunca foi minha.
Nunca te vi;
nunca pode olhar seus olhos cor de café.
Nunca senti seu cheiro,
não soube qual seu perfume.
Nunca toquei seu cabelo,
nem passei meus dedos por seus fios.
Nunca peguei na sua pele.
Onde ela é quente? Fria?
Úmida? Seca?
Lisa? Áspera?
Nunca ouvi sua voz,
sequer senti seus lábios...
Nunca tive você em meus braços;
não a ouvi respirar pertinho,
nem senti seu coração bater...
(você tem um?)

Você nunca foi minha.
Não me incomoda sua falta, no entanto.
Pois de uma coisa fiz questão:
Eu nunca fui seu.


J2ML

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O pequeno grande monstro da frustração:


Lidar com frustração não é fácil. A frustração surge no momento em que percebemos algo bloqueando, dificultando e, principalmente, acabando com algum projeto ou sonho que temos. E seu efeito é proporcional ao empenho emocional que aplicamos na concepção/realização deles. Às vezes pode ser até mais. O certo é que a frustração serve como um peso jogado sobre nós com o sentido de nos ajudar a frear, como se estivéssemos em movimento. Mas o efeito desse peso por vezes acaba por afundar ou capotar nossas vidas. Eu não estou com a pretensão de fazer um texto de autoajuda, só estou acordado as 4 da manhã por causa de uma frustração e resolvi discorrer sobre ela pra poder tentar voltar a dormir...

Uma das coisas mais comuns durante uma frustração é pensarmos no que poderíamos ter feito diferente. Essa atividade torturante provavelmente é a principal causa de a frustração nos fazer mal: a sensação de culpa por acharmos que erramos em algum ponto. Acaba que essa culpa nem sempre é real, mas fruto da necessidade de culparmos algo ou alguém pela frustração. E o tempo perdido nesse período varia conforme passamos de uma culpa a outra: de nós para o outro, ou vice-versa. Acaba que no fim admitimos que todos tem sua parcela de responsabilidade, assumimos a nossa e seguimos em frente.

Agora uma vantagem, creio eu: Acreditar em destino ( قِسْمَة ). Eu em algum momento da frustração me resigno acreditando que nada que eu fizesse mudaria aquele resultado. Isso poupa meu emocional em algumas situações, e aumenta a carga em outras. No primeiro, alivia pensar que de alguma maneira me livrei de algo que não me faria bem; no segundo, me incomoda pensar se o destino não estaria tramando contra mim. Tanto faz, desde que eu aprenda com possíveis erros e deixe pra trás logo depois. 


Aí às 4 da matina, independente do que você acredita, que você faz? Analisa sua atual frustração. Então se percebe o jogo de sombras que fazemos em nossa mente nessas situações. Explicando com meu exemplo: 2014 foi horrível pra mim, deu tudo errado. 2015, no primeiro mês, já deu sinais de poder reverter os erros do ano anterior. Claro que nem tudo será um mar de rosas, e bastou um pequeno contratempo pra provar isso. E foi algo pequeno, ainda mais se comparado com as boas notícias que vieram. 


Nisso vem o jogo de sombras, quando algo pequeno é projetado na parede com tamanho muito maior do que o natural.  Vemos a sombra da frustração na parede e achamos aquilo maior que nós mesmos; acabamos subjugados pelo nosso medo infundado antes de verificar se o monstro da sombra é um T-rex ou uma mera lagartixa. E perde-se o sono, a concentração, a cabeça, por uma coisa que sob luz clara não nos preocuparia tanto - se nos preocupasse. 

Eu disse no inicio que isso não seria um texto de autoajuda. Foi uma reflexão sobre minha atual frustração para que eu pudesse voltar a dormir. E agora que já percebi que a causa dela era na verdade algo tão mínimo, bocejei. Acho que é uma boa hora de voltar pra cama...




J2ML



PS: É, meu desenho tá uma bosta, sei...