Em destaque:

No portão:

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Preto:


Preto.
Era preto.
Bem preto.
Disso eu nunca esqueci.
Era muito preto.
Bem escuro.
Negro.
Todas as cores deste mundo em algo pequeno, redondo.
E preto.
Era um preto muito preto.
Demais de preto.
Era um preto tão preto que o preto deste preto brilhava um brilho preto.
E é este brilho preto que havia no fundo do preto que me fascinou.
E eu nunca mais esqueci de quando o vi.
Já vai longe, mas aquele preto era único...
É único.
Jamais vi preto igual.
Era um preto tão preto que eu me perdi nele.
E eu só queria ver este preto de novo.
E deixar, dessa vez, ele me levar com ele.
E tirar de mim este preto que é só lembrança.

J2ML

domingo, 21 de dezembro de 2008

Eis a origem do mundo!! Parte 1


Calma pervertidos, esse é o título do quadro abaixo: A origem do mundo - Gustave Courbet - 1866.


Eis, senhores, a origem do mundo!
Aqui tudo se origina, daqui todos saem.
Um mesmo principio, uma mesma origem.
A porta de entrada de toda a humanidade,
o principio da criação.
A fábrica da continuidade, da raça, do povo.
A geradora do futuro.
A causa de todos os nossos bens,
e todos os nossos males.
O portão onde se bate para entrar,
E se sai sem pedir licença.

Nino Srat.
Descendo...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Efemérida:

Ela cruzou meu caminho quando eu não esperava.
E naquele momento tudo em mim despertou.
Olhar pra ela era tudo que eu sabia fazer.
E depois que estes olhares se encontraram, nem isso mais eu conseguia.
Eu fui atrás dela. Não queria que isso se acabasse assim.
Seguia ela de longe, devagar. Mas ela sumiu...
Não podia conter minha decepção. Pensei ter perdido algo muito importante.
Era como se daquele momento em diante nada mais teria sentido em minha vida...
Foi uma paixão tão forte, tão instantânea...
E eu tentei manter esta sensação o máximo possível dentro de mim.
Lutei para não esquecer o mínimo detalhe daquela mulher: do penteado do cabelo até o calçado que ela usava; o que ela estava lendo, a roupa que usava, a cor dos olhos, do cabelo, as pintas da pele, o cheiro.
Custei a dormir neste dia, e quando afinal fechei os olhos, pensava apenas nela...
Acordei no dia seguinte sem a menor lembrança do que ela era.
E nem tento trazer de volta sua memória, porque sei que não conseguiria.
E também, talvez, porque o que ela era, agora, já não me faz mais sentido algum...

Nino Srat
P.S.: Muito tempo sem postar,né?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Aula de Biologia: Pescoço


Aula de Biologia: "Corpo Humano, Anatomia, ossos, coluna vertebral, pescoço: Composto das primeiras vértebras da coluna, a começar pela Atlas. Pelo pescoço também passam ar, comida, água, sangue, terminações nervosas, nossa voz. O pescoço é a ligação entre a cabeça e o resto do corpo, sendo ao mesmo tempo muito resistente em sua conposição óssea e frágil pela sua importancia vital no organismo..."

O professor segue explicando o funcionamento do pescoço, mas o aluno não quer saber de nada disto...A essa hora da manhã, o aluno não se interessa por pescoço, anatomia, nada de nada...

Subitamente, o pescoço desperta nele interesse. Não o pescoço da aula de biologia, da explicação do professor... O pescoço de uma colega sua passa a ser o tema de sua aula, objeto de estudo sentado logo à sua frente.

Eis o momento em que surgiu o interesse pelo estudo: A mesma colega, sentada ereta, o cabelo solto, era uma visão diária para ele. O cabelo dela, longo e liso, sempre cobria o pescoço... até que, naquela aula, ela resolve relaxar, inclinando o corpo para o lado, recostando-o na carteira e lançando seu cabelo todo para um dos lados. Parte do pescoço se revelara para o até então sonolento aluno. Um pescoço real, quente, de verdade...longe de comparação com o pescoço exposto pelo professor.

Só o movimento da colega o atraíra, a princípio... Mas uma corrente elétrica de repente se espalhou pelo seu corpo. Seu interesse em estudar aquele pescoço cruzava agora o campo da razão e passava também para o da emoção...

Ele estudava então com interesse o pescoço da colega. O objeto de seu estudo se revelava apenas em uma parte, o resto dele escondido atrás de uma cortina de um longo cabelo liso. Mas aquela parte já lhe era suficiente por enquanto, e ele aproveitava cada pedacinho, registrando e avaliando, analisando em sua mente cada milimetro de pele, de particularidade nele: sinais, a marca que o cordão deixava na pele, o modo como aquela pele reagia enquanto sua colega passava os dedos levemente sobre o pescoço...tudo era observado e estudado por ele.

Subitamente, o objeto se revelou por inteiro: a colega o assustou, se ajeitando na carteira num instante e, num passe de mágica que só as mulheres sabem dar a esse movimento, lançando o cabelo para um lado, para o outro, para o alto, enrolando-o e prendendo-o num rabo de cavalo, liberando para a vista e estudo de seu colega de trás todo o seu pescoço, além do cheiro perfumado que seus cabelos deixaram no ar.

O estudo desandou para aquele aluno. Ver objeto que o fascinava agora por inteiro, corrompeu todo seu interesse anterior... Pior, aguçou-o mais ainda: para ele agora não bastava só estuda-lo com os olhos apenas, mas com todos os seus outros sentidos: ele queria respirar o cheiro daquele pescoço, queria sentir o calor que por ele passava, queria tocar a textura daquela pele, sentir seu sabor... chegou mesmo a querer segurar sua colega pelo pescoço, como se prestes a esganá-la, apenas para ter em suas mãos todo aquele objeto que tanto o fascinara.

Perdido em seus delírios, o aluno perdeu a noção de suas ações: lentamente esticou um dos braços e levemente roçou a ponta de um de seus dedos no lado do pescoço de sua colega. Por breves milisegundos ele sentiu como se estivesse tocando a grade dos portões de um paraíso proibido...

A reação de sua colega foi quase instantânea: ela se assustou ao sentir a invasão de uma área privada e intima: seu corpo. Virou-se, com uma cara de quem tentava descobrir o que poderia estar acontecendo. Deu de cara com um colega de classe que ela mal falava, mas que via todos os dias de manhã.

Ele a olhava perplexo, com um olhar de quem descobria alguma coisa tão grande e absurda que sequer parecia entender o que estava fazendo...

Ela o olhou a principio com a cara de alguém que vai ter a pior das reações, que foi surpreendido por um inimigo emboscado mas está de prontidão para responder...

A sala nem reparou a situação: naquela hora da manhã, alguns alunos até dormiam. O professor continuava a explicar a anatomia do corpo humano, sem prestar atenção nas mínimas reações de seus alunos, ainda sonolentos demais para se rebelarem face a uma aula tão chata e parada. Nenhum deles percebia que em duas daquelas carteiras uma crise se iniciara... uma guerra de proporções arrasadoras poderia estar prestes a estourar e afetar o equilibrio apatico daquela sala... e o maximo que se ouvia ali era um bocejo.

Os dois olhares se encontraram por um segundo: nesse segundo, sabe-se lá quais conversações, quais propostas, quais acordos foram feitos. O resultado da discussão dos olhares foi a volta do status quo anterior à invasão do aluno. Paz.

A aluna, ainda mostrando a face intimidante, se virou para a frente novamente, cobrindo o pescoço com a cortina do seu cabelo longo e liso novamente. Seu ultimo movimento foi voltar os olhos para si mesma e dar um breve e pequeno sorriso, antes de voltar a fingir atenção no professor.

O aluno buscou se recuperar do susto. Olhou para os lados: ninguém reparou no que aconteceu ali. Olhou para a frente: o pescoço ficara encoberto; o estudo terminou para ele. Mas aí o cabelo, a cabeça, os ombros, os braços esticados, as mãos na carteira, toda a colega, passaram a ser um novo e fascinante objeto de estudo para ele...


J2ML

domingo, 14 de setembro de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

15 pra 16

Eu me lembro que nos meus 15
pra 16 anos eu tinha
um namorado
Era mais velho que eu
uns anos
eu era a sensação por isso
as amigas admiravam
porque meu namorado dos 15
pra 16 anos não era só
mais velho, era mais
maduro, independente
inteligente, esperto
muito mais gente
que eu e minhas amigas de 15
pra 16 anos podíamos ter
do que os meninos de 15
pra 16 anos de nossas vidas
com esse namorado eu aprendi
que vida é deixar algumas coisas
correrem, viverem
morrerem.
Aprendi que amar é deixar ir
embora talvez
pra sempre também
ou pra nunca mais
se durante os meus 15
pra 16 anos eu não tivesse
esse namorado mais velho
talvez não tivesse crescido
ou talvez tivesse, mas mais
chato, solitário.
de qualquer jeito cresci
com ele foi bom
e nós finalmente vimos
depois dos meus 15
pra 16 bastariam
pra ele
pra mim
pra nós
amizade
e 1,5; ou talvez 1,6
segundos de um
abraço.

MayFlower

sábado, 16 de agosto de 2008

Nos Olhos de uma Puta:

Eu lembro da vez em que eu me perdi
olhando fundo nos olhos de uma puta.
Eu não era um cliente dela em potencial
Nunca fui chegado neste velho comércio.
Foi num dia, ao acaso, numa rua do centro
Ela parada em seu ponto,
Eu seguindo com minha vida,
Éramos tão desligados um da existencia do outro
que não nos vimos e nos esbarramos.
Ora, putas são pessoas, eu me virei
fui pedir desculpas pela minha distração
e ela me fitou com seus olhos
olhos pequenos realçados pela maquiagem
e eu respondi ao seu olhar
fitei eles fundo
vi um olhar sem brilho
olhar de um perdido
de uma alma solitária que vende o que pode
apenas para sobreviver
e eu vi que o olhar daquela puta
refletia o que eu também sentia
percebi que ela viu isso também
ela me reconhecia como igual
aceitou minhas desculpas
deu um triste sorriso
e desviou o olhar
seguimos nossas vidas
sobrevivemos

Nino Srat

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Golpe I

Fui atingido.
Quando, eu não sei.
Mas me acertaram.
Um golpe pequeno, sutil.
Bem de leve.
Imperceptivel no momento,
mas que agora senti.
E o golpe fez efeito.
Lentamente...
Foi minando minha mente
com uma idéia que não tinha,
mas que me conquistou.
Me sangrou.
E eu perdi.
Porque não pude sentir um golpe critico,
Perdi.
E se foi a chance.
Mas não fui derrotado.
Só fiquei imobilizado.
Parado.
E vou sobreviver,
pra lutar mais tarde,
novamente.
Afinal, só o que foi ferido
Foi meu ego.

J2ML

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Aproveitando que ninguém mais posta, vou modificar a situação deste espaço...pra qual nivel, vocês me dirão depois.

B...

A Boca
a boca por onde todos vêm ao mundo
grande boca que a todos serve de porta de entrada
para a vida
boca de lábios carnudos
a boca que não está na face
boca que acolhe a semente da vida
essa boca
fruto do desejo carnal
dos homens
boca desejada, às vezes
boca mais que desejada
outras vezes
nem tanto assim
a boca que todo macho quer
mas que só alguns irão
querer beijar
beijar essa boca sem lingua
mas que precisa
um beijo de lingua
para levá-la ao extase
dos beijos
boca sensivel
requer cuidado
carinho, atenção
higiene e bons tratos
Boca maravilhosa!
boca que nos cuspiu
a todos neste mundo
boca que é boca
boca em suas mais
variadas formas
uma boca que nem todos
temos, dependemos do genero
boca que fala, sem dizer
sexo, luxuria, despudor
paixão, beleza (sim)
amor
uma boca
essa boca
A boca
boca que é boca
boca que não é boca
boca-a-boca
boca-boca
boca
B...



Nino Srat

Agora, sim, sendo eu mesmo ao escrever...
Obrigado.

domingo, 13 de julho de 2008

Coisas que passam na minha cabeça:

Coisas que passam na minha cabeça.
Que vão passando...
Passou um ciclista.
Olha aquele cara estranho!
Que menina bonitinha...
Que bichona!
Que mulher gostosa...
Que coisa horrível!
Que coisa cara.
Que coisa triste...
Que Merda!
Que maravilha, vou voltar pra ver.
Por quê não passei por aqui antes?
Sai colega, quero passar!
Ai que sono!
Hum amorzinho me dá um beijo?
Ai que vontade de ...
Ah que saco!
Ai que porre!!
Hum que delícia!
Ui, que estranho!!
Uuaaaaaahhhhhh!!!!

Nino Srat

O dia que irá chegar

Um dia chegará,
em que você vai perceber que aquela bela menina, risonha, cheia de vida,
já não será mais tão cheia de vida; e aquele riso largo
terá se transformado em um breve erguer das pontas dos lábios.
Nesse dia que chegará,
Em que você estará com ela na cama, dormindo sobre seu peito,
suas mãos sôbre as costas dela,
e perceberá que a pele antes tão macia, quente, lisa,
estará enrugada, e trará em seus poros
a marca da experiencia de anos passados.
Quando este dia chegar,
Espero que você possa olhar para este ser que envelheceu ao seu lado,
Ver que tudo o que havia de belo e bom em sua juventude,
se foi e que tudo o que é hoje considerado importante
paixão, prazer, sexo
não mais existir, mas terá sido sobrepujado
por respeito, confiança,
e por bons momentos que você não queria
ter passado com mais ninguém
além dela.
Neste dia espero que chegue
a você
o que significa realmente
amor.

MayFlower

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Quebrando as regras 1...

Quem disse que não dá pra postar?
Não dá é pra pensar...por isso vai algo bem doido aí.

Pé e Cabeça:

Hoje são 23:59.
Ontem eram 23:59.
Amanhã são 00:01.
Que será de anteontem?
Que será de depois de amanhã?
Que será do Japão e de todos que estão depois da linha lá que muda os dias dos que viajam pelo globo?
Que sentido tem as horas?
Que sentido tem contar o tempo que temos na Terra?
Pra quê quero saber quanto vai durar minha existência física?
Por que nunca vejo sentido em contar o tempo?
Por que eles acabam sendo nossos pés e nossa cabeça?
Por que ser escravizado por aquilo que irá nos matar?
Guilhotina, por favor...
E cortem seus pés depois...

Nino Srat

Espera só Quebrando as regras 2...



quinta-feira, 26 de junho de 2008

Bom...

Seguinte:
Eu estou em fim de curso, sem tempo de postar,
Nino viajou, e nem faço idéia se ele pode ou não postar...
E a May disse que não quer escrever nada aqui afetada pela saudade...

Só aviso.

J2ML

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Vírgula, dois pontos:

Um ponto.
Um ponto, e uma vírgula.
Outro ponto.
Outro ponto, e outra vírgula.
Mais um ponto.
Mais um ponto, mais uma vírgula, ainda mais outra vírgula.
E mais outro ponto.
E vírgula e ponto; cabe aqui uma interrogação?
Coube. outros dois pontos sem ser dois pontos.
Exclamação!
Outro ponto - hífen - e mais um ponto.
E (entre parênteses) outro ponto.
Mais pontos.
E não há mais vírgulas.
Ponto.
E por gosto acabo nas retiscências...


J2ML

Eu quero ter um jardim.



Eu quero ter um jardim.
Um jardim com plantas, várias plantas.
Um jardim com bichos, de preferencia livres.
Um jardim que dê pro cachorro latir e brincar,
um jardim pra pássaros cantar, insetos voar.
Eu quero ter um jardim que ajude a descansar dos males,
um jardim que me deixe esquecer do cansaço,
um jardim que me faça relaxar nos fins de semana,
um jardim que acalme o coração entristecido.
Eu quero ter um jardim que seja lindo.
um jardim cheirando ao perfume das flores,
um jardim que brilhe verde no verão,
um jardim colorido na primavera,
um jardim vermelho e laranja no outono,
um jardim que solte o gostoso cheiro de chuva.
um jardim que suporte minhas tempestades.
Eu quero ter um jardim simples,
um jardim humilde, até pequeno.
Um jardim que dê pra brincar, conversar,
Um jardim que eu possa deitar na grama pra estudar,
Eu quero ter um jardim pra amar.
um jardim que ela possa deitar ao meu lado, na grama,
um jardim em que não precisemos de mais nada,
um jardim apenas pra curtirmos aquele momento.
Eu quero ter um jardim pra sempre.
Um jardim pra mim,
Um jardim pra você,
Um jardim pra nós dois,
um jardim pra quem vier depois.

J2ML

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Você pode, mas...

Você pode cansar por o curso estar no fim e você, cheio de trabalho.
Você pode se chatear porque seu time perdeu ou vai mal esse ano.
Você pode se incomodar porque muitos estão mal com você.
Você pode acabar estressado por problemas em casa.
Você pode ficar preocupado por estar desempregado.
Você pode ficar maluco por não ver saída pra tudo.
Você pode perder o sono por gostar de alguém.
Você pode magoar quem te ama.
Você pode esquecer de Deus.
Você vai perder, às vezes...
Mas a vida é bela...
Mas a vida é um doce.
Mas quem te ama perdoa.
Mas Deus nunca nos esquece.
Mas se pode ganhar outro dia.
Mas se não há saída, há recomeço.
Mas se não há dinheiro, ainda há felicidade.
Mas é melhor sonhar com quem gostará de você.
Mas não se pode agradar a todos, agrade a si mesmo.
Mas se há problemas em casa, há uma família que nos ama.
Mas sempre haverá futebol outro ano. E mais troféis pra levantar.
Mas sempre fica melhor depois que se livra de tudo isso e passa de curso.

Tudo na vida tem seus mas, todavia, porém, contudo...
Graças a Deus, até os momentos ruins tem...
Há o mal, mas há o bem...

Boa vida!
E sinta o perfume das flores...

MayFlower

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Salada de frutas

Tenho ficado enjoado com a salada de frutas que tem aparecido
ultimamente nos meios de comunicação: É Melancia, Jaca, Moranguinho...
Uma verdadeira salada de frutas, como já disse.
O interessante pra mim é esse costume do homem de comparar mulher a
comida. Me dá náuseas, um nó no estômago. Fico enjoado só com a idéia
de comparar mulher a comida.
Nada contra, é claro, à sensação que se sente no momento de amasso,
aí acho que já é da conta do casal, e ninguém deve se intrometer.
O que se diz nos momentos de paixão não deve ser levado em conta,
pertence ao momento e ao casal.
Mas daí a dar nomes de comida à mulher, não dá. Imagine só aonde
pode chegar isso tudo: Banana (ui!), Cereja, Tomatinho, Caqui, Kiwi,
Fruta-do-Conde...Lista sem fim essa.
Não sei o que pensam as mulheres brasileiras quanto a isso (com certeza
do jeito que é massificada a nossa mídia, elas gostam, em sua maioria,
ou sequer pararam pra pensar a respeito.), mas a meu ponto de vista isso
já vem da mania do homem, em especial do brasileiro, em achar que mulher
é pra ser traçada, papada, comida... Comer mulher virou pensamento normal
para o homem.
E nessa onda de liberdade sexual, fruto da revolução sexual, ninguém
de trinta anos atrás pensaria (ou será que pensaria?) que hoje levariamos
o ato de conhecer alguém parecido com a ação de ir à feira, literalmente:
vamos, escolhemos o que queremos, adquirimos aquilo, comemos e acabou.
Semana que vem tem outra feira...
Independente de onde veio e pra onde vai, essa moda ainda me dá enjôo,
e prefiro ser faquir e eviatr comida na minha cama de pregos a fazer parte
dessa mania gastronomica. Mulher não é pra ser apreciada ilgual comida,
é mais que isso. Você pode encontrar de repente algo que seja pra toda a
vida. Por acaso seria uma maçã? Uma Pêra? Uma uva? Um abacaxi?
Ser humano é ser humano, fruta é fruta. Relacionamentos não são alimentos
em mercados e feiras (embora às vezes comparemos eles a pantas que têm
de ser regadas e cuidadas...), é gente de carne e osso, que merece mais do que
uma mera mordida...

Nino Srat

Pronto, postei, agora não me torra mais o saco por um tempo...

Enterro de um Desconhecido

Fui ao enterro de um desconhecido.
Havia dor, pesar, choro
no rosto de muitas pessoas.
Muito sentimento pela perda, e eu
tentava manter a minha indeferença.
Afinal, era só o enterro de um desconhecido.
Uma mera saudação trocada,
e o trágico aconteceu logo depois,
antes de qualquer outro contato.

Não sou nada para tentar entender
por que isso aconteceu...
Aconteceu. Pronto. Era o fim.

Mesmo sendo o enterro de um desconhecido,
a atmosfera pedia que eu sentisse aquela perda.
E, indiferente ao que havia ao meu lado,
Mesmo que me desse sentimento
oposto ao que o momento pedia,
Me deixei levar por aquela perda,
e senti a dor
pelo enterro de um desconhecido.

J2ML

Nino, não vem postar?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Solidão, velha amiga...


Solidão velha amiga,
que nas horas silenciosas
não me sai do lado.

Solidão companheira,
que muito me ajuda
a entender a mim mesmo.

Solidão fiel,
que como sombra
me segue sempre.

Solidão eu sinto
mas tenho de dizer-te
que como amiga
foi muito boa
foi gentil
caridosa...

Mas solidão amiga,
você é ciumenta demais
e não me quer deixar
viver, sentir
amar, errar
sofrer, aprender
crescer, enfim...

...e morrer.

Entenda, amiga, por favor:
Não te deixo para sempre,
não te troco por alguém,
(que, como você, caminhará ao meu lado, um dia...)
Apenas quero que você entenda,
que preciso de companhia,
muita companhia,
para então poder te dar
o devido valor.


J2ML




Vamos falar de flores.





Nada melhor pra começar do que falar de mim mesma, não? Afinal, sou uma flor. Uma flor no nome, uma flor de menina, na flor da idade.
Tenho perfume de flor, cores de flor (porque faço questão de ter várias cores de roupas, minhas pétalas...), e uma abelhinha especial que voa só pra mim, e só essa abelhinha leva meu pólen.
Flor de maio, em pleno mês de junho, mais precisamente dia dos namorados - Percebeu-se que eu já estou tocada pelo dia, não?! - é meio fora de época. Nossa estação seria mesmo a primavera, bela, perfeita e radiante primavera. Alegre como só ela em grandew parte graças a nós, flores.
A mesma coisa é a vida de um homem: só se enche de alegria quando encontra uma flor que se abre só para ele, que produz pólen para ele, que perfuma a vida dele.
E também, temos uma responsabilidade: Somos flores, responsáveis pela reprodução e prolongamento da espécie. Somos nós que damos a garantia de um futuro, que produzimos a próxima geração, que geramos as sementes do amanhã.
Por isso, como flores, precisamos de tratamento. Tratamento constante, delicado, gentil, quase perfeito. Assim nossa beleza dura mais, porque também não duramos para sempre.
Então, hoje, dia dos namorados, se você pensa em presentear a sua amada com flores, lembre do sentido delas, do que elas podem representar na sua vida e na vida dela. E você, presenteada, lembre que se manter florida sempre requer várias outras necessidades na vida, mas que a função de ser flor é mais que especial, é necessária... e é linda.

Desculpem, não costumo ser tão romantica assim...acho que é a data.

MayFlower
Pólens de beijos.

Para quem se interessar por flores:
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/imagens/enciclopedia_de_plantas_flores
http://www.jardineiro.net/br/index.php
http://www.ojardim.com.br/post/index.php

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Perdoem-nos

Depois de toda essa educação do Nino, tenho de pedir a vocês perdão por meu namorado...
Sou MayFlower, a única voz (ou pena) feminina desse blog. Claro, aceitamos quem desejar postar, mas oficialmente sou só eu...
Depois de toda essa educação, convém que sejam as damas as primeiras a escrever, então o próximo post já será meu, rapazes.
Apenas aguardem mais umas horinhas...

Beijo de Pólem...

MayFlower

Me Apresentando...

Sempre fui péssimo com apresentações...
Eu simplesmente entro e vou entrando e seguindo na entrada...
E pra terminar isso tudo, como dizem no teatro:

"Merda pra vocês!!!"

Nino Srat

Pra começar...

Escrever é fácil?
[Respiro]
Não digo o ato de aprender a escrever, digo no sentido de fazer sair no papel, ou na tela, algo que a gente possa chegar e dizer:" eu escrevi isso." Algo que sejamos capazes de dizer que vale a pena termos escrito.
[penso]
Escrever às vezes é um simples desabafo, uma forma de aliviar o estresse.
[penso de novo]
No meu caso, também é dor. Porque o ato de escrever para mim passa a ser arrancar de mim algo que não queria sair. Sou um escritor masoquista, então...
[Paro]
[saio, bebo água, olho lá pra fora...]
[volto]
Por isso vou escrever aqui apenas quando a dor for suportável, quando der tempo para sentir o que me sai sem me causar profundos revezes.
[paro. respiro fundo. penso...]
Sem mais delongas, isso foi só uma apresentação. Pra que o Blog não pare por muito tempo, irei dividi-lo com alguns colegas de escrita meus. No devido tempo eles irão se apresentar...
[Aspiro...solto todo o ar...clique do mouse]
[Respiro de novo]
Texto Pronto.

J2ML