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sábado, 7 de fevereiro de 2009

O Desconhecido:

Ela sentiu que algo a observava.
Sabia que alguém estava vigiando seus movimentos.
Ela se virou e pressentiu que ele estaria ali, do outro lado.
E estremeceu. Temia encarar o sujeito. Não queria virar para o outro lado.
Ela temia que ele estivesse ali para levar dela algo importante, algo que ela possuia e escondia com grande esforço das outras pessoas.
Com a visão periferica, tentou ver se o homem se movera.
Ainda estava ali. Fixo na direção dela. Parado feito estatua.
Ela não o podia encarar... mas encara-lo talvez fosse sua unica solução.
Assim ela obteria as respostas que poderia usar para escapar...ou então sucumbiria de vez.
Porque encara-lo seria baixar sua guarda.
Ela não se decidia. Não podia também abandonar aquele lugar. Ele poderia segui-la.
Não havia outra opção, ela o encararia.
Custou a se virar. O fez lentamente. Com os olhos abaixados, ela ia seguindo a linha mental que ela traçou, que a guiaria até seu oponente, seu adversário.
Chegou sua vista nele. Ia subindo lentamente sua visão, passando dos sapatos, pela roupa, até fitar o rosto. Ainda assim, recuava em encara-lo.
Subito, criou coragem e o enfrentou: fitava agora olhos que estavam há muito fixos nela.
Ela então viu que perdeu. Ele tomou o que ela tão bem escondia.
Ele sorriu. Ela não tinha mais nada a fazer, a não ser aceitar ter sido vencida.
E sorriu de volta...

Nino Srat

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