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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O pequeno grande monstro da frustração:


Lidar com frustração não é fácil. A frustração surge no momento em que percebemos algo bloqueando, dificultando e, principalmente, acabando com algum projeto ou sonho que temos. E seu efeito é proporcional ao empenho emocional que aplicamos na concepção/realização deles. Às vezes pode ser até mais. O certo é que a frustração serve como um peso jogado sobre nós com o sentido de nos ajudar a frear, como se estivéssemos em movimento. Mas o efeito desse peso por vezes acaba por afundar ou capotar nossas vidas. Eu não estou com a pretensão de fazer um texto de autoajuda, só estou acordado as 4 da manhã por causa de uma frustração e resolvi discorrer sobre ela pra poder tentar voltar a dormir...

Uma das coisas mais comuns durante uma frustração é pensarmos no que poderíamos ter feito diferente. Essa atividade torturante provavelmente é a principal causa de a frustração nos fazer mal: a sensação de culpa por acharmos que erramos em algum ponto. Acaba que essa culpa nem sempre é real, mas fruto da necessidade de culparmos algo ou alguém pela frustração. E o tempo perdido nesse período varia conforme passamos de uma culpa a outra: de nós para o outro, ou vice-versa. Acaba que no fim admitimos que todos tem sua parcela de responsabilidade, assumimos a nossa e seguimos em frente.

Agora uma vantagem, creio eu: Acreditar em destino ( قِسْمَة ). Eu em algum momento da frustração me resigno acreditando que nada que eu fizesse mudaria aquele resultado. Isso poupa meu emocional em algumas situações, e aumenta a carga em outras. No primeiro, alivia pensar que de alguma maneira me livrei de algo que não me faria bem; no segundo, me incomoda pensar se o destino não estaria tramando contra mim. Tanto faz, desde que eu aprenda com possíveis erros e deixe pra trás logo depois. 


Aí às 4 da matina, independente do que você acredita, que você faz? Analisa sua atual frustração. Então se percebe o jogo de sombras que fazemos em nossa mente nessas situações. Explicando com meu exemplo: 2014 foi horrível pra mim, deu tudo errado. 2015, no primeiro mês, já deu sinais de poder reverter os erros do ano anterior. Claro que nem tudo será um mar de rosas, e bastou um pequeno contratempo pra provar isso. E foi algo pequeno, ainda mais se comparado com as boas notícias que vieram. 


Nisso vem o jogo de sombras, quando algo pequeno é projetado na parede com tamanho muito maior do que o natural.  Vemos a sombra da frustração na parede e achamos aquilo maior que nós mesmos; acabamos subjugados pelo nosso medo infundado antes de verificar se o monstro da sombra é um T-rex ou uma mera lagartixa. E perde-se o sono, a concentração, a cabeça, por uma coisa que sob luz clara não nos preocuparia tanto - se nos preocupasse. 

Eu disse no inicio que isso não seria um texto de autoajuda. Foi uma reflexão sobre minha atual frustração para que eu pudesse voltar a dormir. E agora que já percebi que a causa dela era na verdade algo tão mínimo, bocejei. Acho que é uma boa hora de voltar pra cama...




J2ML



PS: É, meu desenho tá uma bosta, sei...


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