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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Buraco sem fundo?



Porque não vejo final nessa queda constante...

Ou será que estou subindo, e não caindo?
Algumas coisas perderam seu sentido.
Alguns conceitos se destruiram.
E foi bom ver que coisas que se diziam absolutas não passavam de mascaras de aço e ouro...
que derretem sob o constante fogo da contestação e do ceticismo.

Mas até onde essa fornalha me levou?
Abriu um rombo no chão, fundindo o universo que foi construido ao meu redor.
Derreteu estruturas que sustentavam um mundo pra mim...
(que na verdade nem existia)

Não sou Deus para provocar um Big Bang, ou criar outro mundo do nada.
Tenho os restos do anterior ao meu redor ainda...

Teria que aproveitar o calor desta fornalha.
Usar de minhas noções metalurgicas, siderurgicas.
Fundir e trabalhar um novo metal.
Usa-lo para estruturar um mundo mais adequado, mais resistente, à realidade que destruiu o anterior...a realidade que eu trouxe para ele.

O calor dos auto-fornos me fascina.
Eu irei reconstruir meu mundo.
Mudo-o.
Mas aproveitando os restos do anterior.
Reciclagem?
Não.
Simplesmente, não há mais peças sobresalentes.

J2ML

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