
(Outras paixões, no entanto, são verdadeiros pesadelos...)
Me beliscava e não adiantava.
Nada mudava.
Ela não mudava.
Não sei quando o belo se tornou o horrendo.
Nem lembro como o vinho virou vinagre.
Como o sonho mudou para este pesadelo?
Ela não mudava.
A escuridão crescente me cercava.
E meu corpo parecia cair num longo abismo.
O amor tombou, ergueu-se o odio.
E eu queria ser indiferente a ele,
mas ela não mudava.
Eu queria sair deste pesadelo.
E me beliscava na busca do fim desse abismo.
Queria a luz de um novo dia, para que tudo mudasse...
Mas não adiantava.
Nada mudava.
Ela não mudava.
Nino Srat
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